Minha vizinha não me pagou os 250 euros combinados pela limpeza de sua casa, então lhe dei a lição que ela merecia.

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Quando meu marido saiu de nossas vidas há seis anos, eu não podia prever que estaria na cozinha, lavando pela terceira vez a mesma bancada, me perguntando como cheguei até aqui. Tenho 48 anos, sou mãe de dois filhos e trabalho em um call center de casa. A vida, é claro, não aconteceu como eu sonhei.

Antes, eu e meu marido planejávamos nosso futuro. Mas algo deu errado e eu fiquei sozinha para lidar com as consequências. Ele foi embora dizendo que precisava de “espaço para se encontrar” e nunca mais voltou.

 

Minha vida cotidiana se tornou um verdadeiro equilíbrio — criando meus filhos sozinha e tentando pagar as contas. Trabalhando no call center, eu sabia que isso estava longe do que eu sonhava, mas a estabilidade era importante.

Um dia, minha nova vizinha, uma mulher de cerca de 30 anos, com olhos vermelhos e claramente exausta, bateu à minha porta. Ela me contou que tinha dado uma festa louca no dia anterior e depois teve que viajar a trabalho. O apartamento estava uma bagunça total e ela não tinha tempo para limpar. Ela me ofereceu 250 euros se eu a ajudasse.

 

Embora meu turno começasse em algumas horas, aceitei. Estávamos sem dinheiro e uma renda extra seria muito útil. Passei dois dias limpando o apartamento dela: lixo, garrafas vazias, restos de comida… Mas quando ela voltou, em vez do dinheiro prometido, ela disse que nunca tínhamos combinado nada. Ela me ignorou e foi trabalhar.

Eu estava furiosa. Ela me enganou, apesar dos nossos acordos, e nem mesmo me agradeceu pelo trabalho. Eu não ia deixar barato.

 

Depois de muito pensar, eu criei um plano. Fui ao lixão, peguei alguns sacos de lixo e voltei para a casa dela. O apartamento estava trancado, mas ela esqueceu de pegar a chave comigo. Entrei e, sem hesitar, abri os sacos de lixo, espalhando-os por todo o seu apartamento impecavelmente limpo.

Comida podre, jornais velhos, fraldas usadas — tudo se misturou em um caos nojento. Quando saí, senti uma estranha satisfação. No entanto, à noite, quando estava colocando as crianças para dormir, ouvi uma batida na porta. Era a vizinha. Ela estava furiosa e gritando, exigindo saber quem havia destruído seu apartamento.

 

Calmamente, neguei ter sido eu, lembrando-a de que, segundo suas palavras, eu não tinha a chave do apartamento. Ela ameaçou chamar a polícia, mas eu sabia que não havia provas. No final, ela saiu, derrotada.

Fechei a porta e senti uma mistura de alívio e arrependimento. Eu ultrapassei um limite, mas naquele momento parecia justificado. Às vezes, é preciso se defender, mesmo que isso signifique “sujar as mãos”. Duvido que ela algum dia me peça ajuda novamente.

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